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Dependência Química

Updated: Sep 17, 2024



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Abuso de substância e Dependência Química

Dediquei-me ao tema do abuso de substâncias, após perceber ao longo das minhas

experiências profissionais (tanto na Saúde, quanto na Assistência Social) um estigma no

tratamento ao uso abusivo de drogas e pouco conhecimento no que tange ao processo de

recuperação da Dependência Química. O estágio que fiz em um CAPS/AD, deu-me a

oportunidade de conhecer o drama da doença causada pelo uso abusivo. Desde então,

tenho me dedicado a análise rizomática da relação do homem com a droga.

Nesta análise sistêmica, notei que é muito difícil ressignificar os ganhos secundários que a

droga oferece, como prazer imediato, relaxamento ou qualquer outra experiência de reforço

positivo com o uso da droga.

Para que haja alguma chance de transformação, é necessário investir no potencial humano,

valorizando a subjetividade, acolhendo e responsabilizando o sujeito, incentivando-o ao

conhecimento, à prática de esportes, à cultura e clariando-lhes escolhas para seu processo de reabilitação. É importante pensar que cada droga tem uma função para o sujeito e um efeito no seu organismo, por essa razão, os métodos de tratamento se diferenciam de usuário para usuário e de droga para droga. Avaliar o uso não é tarefa fácil, nem para um profissional, nem para o usuário. Segundo a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas –SENAD o abuso de substâncias pode ser mensurado conforme o tipo de relação que o sujeito estabelece com a droga. Nota-se em consumos de risco sintomas como: Estreitamento do desejo pelo uso (pensamentos automáticos para justificar o uso); Aumento da busca pela substância (comprar mais vezes ou mais quantidade); Maior necessidade de uso (presença de ansiedade e irritabilidade na falta do uso); Desenvolvimento de tolerância à substância; Sintomas diversos de abstinência (SENAD, 2010).

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Saúde Mental (DSM-V) o abuso de

substâncias é diagnosticado quando resulta em dano físico, mental ou social referente ao

cumprimento de responsabilidades, problemas legais recorrentes ao uso de substâncias ou

uso contínuo apesar dos problemas causados, considerando o período de 12 meses

(DSM-V, 2013).

Cabe alertar que o processo de dependência vai acontecendo gradualmente e com

frequência, passa pelo indivíduo como negação até se instaurar a despersonalização e a

alta vulnerabilidade do sujeito.

Após instaurada a Dependência Química, a pessoa passa a ter alterações neurológicas,

psicológicas e sociais. Há déficit no sistema de busca de recompensas do cérebro, perda da

capacidade de julgamento moral, o que altera seus valores, desconexão com a realidade,

além da sua condição familiar e social ficarem comprometidas pela oscilação de humor e

hábitos deprimentes.

Fique atento aos seguintes sinais de dependência: Forte desejo ou compulsão ao uso da

substância; Comprometimento na capacidade de controlar a quantidade e o tempo de uso;

Aumento da tolerância à droga de uso e necessidade de quantidades progressivas para

saciar o desejo; Sintomas físicos de abstinência; Muito tempo gasto para adesão, consumo

ou recuperação do uso; Abandono das atividades sociais, laborais ou familiares.

Caso você identifique 3 ou mais destes sinais, procure ajuda, você pode estar entrando em

um processo de adoecimento.

A Dependência Química é uma doença grave, que provoca danos múltiplos para o sujeito e

para sua família, além de questões sociais bastante graves.

É importante falar que, em casos de Dependência Química, o sujeito fica extremamente

vulnerável à droga, mesmo após a reabilitação. Sua exposição à substância de preferência

pode levar a uma recaída em potencial por total incapacidade de controle pelos efeitos

neurológicos alterados pelo uso anterior.

No tratamento ao abuso de substâncias é essencial um olhar para as necessidades

psíquicas do sujeito, pois são elas que com frequência desorganizam a consciência do

indivíduo, por meio de diferentes sentimentos e emoções, como culpa, raiva, melancolia e

comportamentos desadaptativos, causando uma confusão mental somada aos sinais e

sintomas neuroquímicos que geram a recaída.

Se você quer transformar sua realidade, conte com a minha experiência e a partir do seu

desejo, é possível viver feliz em reabilitação.



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